A CIDADE

bandeirapiraquara

História da Cidade
CRONOLOGIA HISTÓRICA
Século XVIII – Em data imprecisa, o local onde futuramente seria constituído o município, como parte de uma área maior, foi negociado com o objetivo de que viesse a servir para a exploração aurífera;

1834 – Observa-se a existência do Bairro de Piraquara, então pertencente à Freguesia de São José dos Pinhaes, que nessa ocasião contava com um número de 24 residências;

1878 – No mês de agosto, funda-se em uma área que futuramente faria parte do município de Deodoro – a Colônia Santa Maria do Novo Tirol. Uma colônia composta por 351 imigrantes italianos, oriundos do Tirol (Província do Trento); Estando São José dos Pinhais desmembrado administrativamente do município de Curitiba desde o ano de 1853, Piraquara agora é um dos Quarteirões pertencentes àquele município;

1880 – Com o início das obras da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, o então povoado onde hoje está localizada a cidade de Piraquara foi beneficiado com a construção de uma Estação Ferroviária. Este acontecimento foi determinante para o desenvolvimento da região;

1885 – O início das atividades ferroviárias ocasionou um gradativo movimento no entorno da Estação Ferroviária, observando-se a fixação de pessoas advindas de diversas partes do Estado, do País e até do Exterior, sendo que os portugueses e sírio-libaneses dominam o comércio local – fixo e itinerante; O crescente desenvolvimento da região faz com que Piraquara seja elevada através da Lei nº 836, de 09 de dezembro de 1885, à categoria de Freguesia (Freguesia do Senhor Bom Jesus de Piraquara);

1890 – Através do Decreto Estadual nº 17, de 10 de janeiro de 1890, Piraquara foi elevada à categoria de Vila (Vila de Piraquara); O Decreto Estadual nº 18, da mesma data, nomeou uma comissão composta por seis cidadãos, os quais teriam por responsabilidade a gestão legislativa e executiva do lugar (os vogais); O Decreto Estadual nº 25, de 17 de janeiro de 1890, estabeleceu os limites do novo município que recebeu a denominação de Deodoro – numa clara homenagem ao Marechal Manuel Deodoro da Fonseca – proclamador da República e então Chefe do Governo Provisório do Brasil; Em 29 de janeiro de 1890 foi instalado o novo município, empossada a comissão governativa e eleito o vogal Jorge Joppert como Presidente da Intendência;

1892 – Realizadas as primeiras eleições municipais em que foram eleitos seis camaristas e José da Costa Vianna como prefeito municipal;

1905 – Iniciadas as obras do Reservatório do Carvalho e a colocação da tubulação desde os mananciais localizados em terras deodorenses até a capital do Estado. Esta obra foi concluída e inaugurada no ano de 1908;

1910 – Início da construção da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos, sob a liderança do padre francês João Leconte. A obra foi concluída no ano de 1921;

Final da década de 1910 – Chegada no município do português Antônio Meirelles Sobrinho – empreendedor responsável por imprimir grande impulso na economia local;

1926 – Após pouco mais de um ano de construção foi inaugurado em terras deodorenses, o Leprosário São Roque – um hospital que passaria a concentrar todos os doentes acometidos pelo mal de Hansen do Estado do Paraná;

1928-1929 – A Vila de Deodoro passa por uma série de intervenções propostas pela administração municipal no objetivo de modernizá-la. Dentre as melhorias implantadas estão: a construção da nova sede da Câmara e da Prefeitura Municipal; o nivelamento da Avenida Piraquara desde o Grupo Escolar até a Estrada de Ferro; e a padronização do alinhamento predial nas ruas centrais; No dia 10 de abril do ano de 1929, através da Lei nº 2645, a denominação oficial do município mudou de Deodoro para Piraquara;

1932 – Através do Decreto nº 2505, de 31 de outubro, o Governo do Estado anexou ao município de Piraquara, a região de Pinhais. Esta área pertencia ao município extinto de Colombo e ficara sem subordinação administrativa após o ato de extinção;

1938 – Piraquara recebe foros de Cidade a partir do dia 31 de março; Já, em 20 de outubro, através do decreto-lei nº 7573, o município de Campina Grande foi extinto, sendo parte de seu antigo território incorporado o município de Piraquara e parte ao de Bocaiúva do Sul. Esta área incorporada ao município de Piraquara, alguns anos depois foi denominada Timbú;

1944 – Início das obras para a construção da Penitenciária Central do Estado, sendo inaugurada no ano de 1951;

1949 – O imigrante russo Antônio Kowalczuk atuando em atividades como: torrefação de café; corte e beneficiamento da caixeta e na fabricação de balas, se firma no município como outro grande empreendedor, sendo o responsável por dar emprego a um grande número de piraquarenses durante as duas décadas seguintes; Teve início o processo de povoamento da região do Guarituba, sendo que as famílias que ali se fixavam, em sua maioria eram ou descendiam de imigrantes alemães. Eles passariam a cultivar a agricultura de subsistência e tornariam em pouco tempo a região em significativo polo de produção leiteira;

1951 – Criação do município do Timbú (posteriormente: Campina Grande do Sul), desmembrando-se do município de Piraquara;

1952 – Abertura da Estrada do Encanamento para o trânsito indiscriminado. A via representava há muitos anos um caminho mais curto entre as cidades de Piraquara e Curitiba, no entanto, como se tratava de uma estrada operacional pertencente ao Departamento de Águas e Esgotos, o seu acesso era extremamente restrito. Sua abertura foi possibilitada pela transferência de responsabilidade do D.A.E. para o Departamento de Estradas e Rodagem;

1961 – A região de Quatro Barras, então subordinada administrativamente parte a Campina Grande do Sul e parte a Piraquara, torna-se emancipada através da Lei nº 4338, de 25 de janeiro. Sua instalação ocorreu no dia 09 de novembro de 1961;

1964 – Um grupo de professores que diariamente chegavam de trem à Piraquara e se admiravam com as belezas que circundavam o município, decidiram expressar em poesia o seu encantamento. Desta poesia, nasceu o Hino de Piraquara, cuja letra foi atribuída ao professor João Rodrigues de Oliveira e a música, pelo maestro Aldo Ademar Hasse; Em 19 de novembro, por proposição do Deputado Estadual piraquarense João Leopoldo Jacomel, a Lei nº 4966, criou o distrito administrativo de Pinhais;

1968 – No dia 15 de novembro, pela primeira vez na história de Piraquara, uma mulher foi eleita para ocupar um cargo político. Azize Corina Cordeiro da Silva, de 49 anos de idade, elegeu-se para uma das vagas na Câmara Municipal obtendo a segunda maior votação do pleito;

1974 – 1976 – O Governo do Estado autorizou, depois de quase duas décadas de insistentes e infrutíferos pedidos da população piraquarense, a pavimentação da Estrada do Encanamento. As obras duraram dois anos, sendo finalmente inaugurada no dia 10 de outubro de 1976. Chamada também de PR-415, esta importante via foi denominada oficialmente de Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, através da Lei Estadual nº 6878, de 20 de maio de 1977;

1979 – Fortalecendo ainda mais a notória vocação de Piraquara no que se refere ao fornecimento de água potável para a Capital do Estado e aos municípios circunvizinhos, o Governo do Estado inaugurou neste ano a Represa do Cayuguava.

1984 – Piraquara se torna sede de Comarca, tendo sob a sua jurisdição os municípios de Campina Grande do Sul e Quatro Barras;

1992 – O distrito de Pinhais foi elevado a condição de município, desmembrando-se do de Piraquara através da Lei nº 9906, de 18 de março; Sua instalação ocorreu no dia 01 de janeiro do ano seguinte;

1996 – Teve início a ampliação do Complexo Penal do Estado, sediado há mais de 60 anos no município de Piraquara. A partir de então, em poucos anos, o entorno da Penitenciária Central do Estado, recebeu a construção de vários outros estabelecimentos prisionais;

1999 – Objetivando propiciar novas alternativas de trabalho aos piraquarenses, a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, firmaram parceria para a implantação no município, de indústrias não poluentes. A partir desta iniciativa, instalaram-se em Piraquara três empresas: a Koyo Steering, Plastauto e BS Colway;

2001 – Início do funcionamento do Contorno Leste, em Piraquara. Com isso, há um significativo aumento de tráfego também na Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel – que com sua pista simples – passa a ficar saturada;

2007 – No dia 24 de agosto, a região do Guarituba parou para receber a visita do presidente da República – Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião foi anunciada a liberação de investimentos na ordem de quase 100 milhões de reais para investimentos em infraestrutura naquela região;

2010 – O município de Piraquara passou a abrigar em seu território mais uma barragem – a chamada Piraquara II.

A nossa Bandeira

A bandeira do município de Piraquara foi criada no decorrer do ano de 1977, após a deliberação da Câmara Municipal e com a sanção da Lei nº 008/77, no dia 29 de maio, pelo então prefeito Luiz Cassiano de Castro Fernandes.

Este símbolo municipal foi criado levando-se em consideração o brasão municipal que já vinha sendo largamente utilizado durante vários anos. Este passaria também a compor o pendão municipal recém criado tendo sido afixado no centro do retângulo em cor grená. Desconhece-se qual a motivação em se ter escolhido essa cor, e qual a sua representação.

O Brasão Municipal

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Não há registros que nos possibilitam afirmar com certeza quando o brasão municipal foi criado e passou a ser veiculado. O que se pode sugerir, é que ele tenha sido criado provavelmente, entre o final da década de 40 e meados da década seguinte. Isso porque, ainda nos anos 40 – no período do Estado Novo, em que os prefeitos municipais não eram eleitos, mas indicados pelo Interventor Federal no Estado – constatamos que os documentos oficiais traziam apenas a identificação “Prefeitura Municipal de Piraquara”, ou quando havia algum símbolo, o timbre usado nos papéis oficiais do Município, era o brasão da República.

Em alguns documentos oficiais dos anos 50 – com maior predominância nos documentos da Câmara Municipal – podemos encontrar o desenho que possivelmente originou o brasão atual e que desde a segunda metade dos anos 70, através da Lei nº 008/77, passou a fazer parte da recém criada bandeira municipal. Anterior a instituição oficial – ocorrida no ano de 1977 e que hoje se veicula pelos Poderes Executivo e Legislativo – não há nenhuma menção nos livros de atas das sessões da Câmara Municipal em que tenha havido a apresentação de algum projeto para a adoção daquele “brasão primitivo”. Se tal aconteceu, o foi no período entre 1948 e na primeira metade do ano de 1953, cujo livro de atas encontra-se desaparecido já por alguns anos.

Também não há como precisar quando o desenho que hoje é utilizado tenha tomado o formato e as cores que tem. Inicialmente, o desenho se apresentava em cor única, mas já aludindo à exploração de pedras, a apresentação das ramas de trigo e as folhas e cachos de uvas e a faixa com a data da instalação do Município. A maior diferença, entretanto para o brasão atual, residia na apresentação da coroa, que naquele, além de ser composta por cinco torres, havia a superposição aparente dos blocos de pedra e a existência de uma abertura à guisa de portal na torre central.

Interpretação Heráldica

Constituído na proporção de oito módulos de largura por doze módulos de altura, consiste num escudo formado por curvas entrantes e salientes, tendo em sua volta um filete de ouro (amarelo) de ⅓ de módulo.

No centro do escudo, sobre um fundo branco, figura um monumento em pedra, na cor prata, representando a extração e o artesanato da pedra, estes iniciados pelos portugueses e espanhóis que se fixaram no lugar chamado Borda do Campo, aos pés da Serra do Mar. Complementam o escudo, os seguintes símbolos: a coroa, os ramos, o listel e as cores.

O escudo é encimado por uma coroa mural de seis torres, na cor prata, sendo visíveis apenas três. A representação da coroa mural alude às autoridades constituídas no Município: Os poderes: executivo e legislativo.

Como suporte do escudo, à direita deste, três hastes de trigo frutificado e à sua esquerda, três ramos de videira frutificada, ambos em suas cores e com as hastes trespassadas sob o listel. Representam estes, o cultivo primário da terra desenvolvidos pelos italianos, que trouxeram várias mudas de árvores frutíferas quando se fixaram no lugar denominado Colônia Santa Maria.

Na extremidade inferior do escudo há um listel, em branco contendo a seguinte inscrição na cor vinho (grená): 29 DE JANEIRO DE 1890, que significa a data da instalação do município.

Significado das cores

PRATA/BRANCO – Representa a luz pura. Simboliza paz, prosperidade, amizade, trabalho, pureza, religiosidade.

AMARELO – É a imagem da maturidade de juízo. Simboliza nobreza, magnitude, riqueza.

VERDE – Denota fé. Simboliza esperança, liberdade, pujança da natureza.

PRETO – Pertence ao domínio da inteligência. Simboliza prudência, vigor, honestidade.

VINHO/GRENÁ – Significa suntuosidade, realeza. Sua simbologia se identifica com as virtudes e qualidades da cor vermelha: audácia, intrepidez, coragem, valentia.

RENATO CARDOSO DOS SANTOS

Fonte: http://www.piraquaraontemhojeesempre.com