Mãe Curitibana completa 15 anos

Iniciativa pioneira no Brasil, o programa Mãe Curitibana, que já atendeu mais de 200 mil mulheres, foi implantado no dia 8 de Março de 1999, Dia Internacional da Mulher. Desde então garante, além de pré-natal, exames complementares e oficinas de educação em saúde específicas, a vinculação de todas as gestantes à maternidade onde terão o bebê desde o início do acompanhamento. E antes da alta hospitalar, mãe e recém-nascido têm suas consultas iniciais marcadas pela maternidade na Unidade de Saúde onde aconteceu o pré-natal.

Todo esse cuidado resultou na redução da mortalidade infantil de 16,64 por 1000 nascidos vivos em 1998 para 8,97 em 2010 . Outros resultados são a taxa de transmissão vertical do HIV (o vírus ad AIDS, que pode infectar o bebê da mãe soropositiva na hora do parto), que atualmente é de apenas 3,82%, e a gravidez na adolescência, que desceu de 19,8% para 14,2%. O número de mães que fazem sete consultas ou mais de pré-natal é outro dado positivo, pois subiu de 66,4% para 89,6%.

Esse desempenho vem despertando, desde o início da história do programa, o interesse de outras cidades e estados brasileiros. Na cidade de São Paulo, inspirou a Rede de Proteção à Mãe Paulistana e, em Pernambuco, o Mãe Coruja. O Rio Grande do Sul desenvolveu o Primeira Infância (PIN). O Paraná o Mãe Paranaense.

O ex prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, diz que sente muito orgulho do programa Mãe Curitibana, um projeto que promove a saúde e a qualidade do atendimento à gestante e à criança, no qual participou da criação e que este ano completou 15 anos. “É maior ainda minha alegria em saber que essa mesma ideia é exportada pela ONU/OMS aos países pobres da África e da Ásia para conter o avanço da transmissão do HIV/AIDS de mãe para filho”, salienta o ex prefeito.

Todo esse carinho e atenção prestados às futuras mamães durante o pré-natal, com uma média de consultas maior do que as indicadas pelo Ministério da Saúde, ajudaram a colocar Curitiba na condição de líder no ranking entre as capitais no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal na área da Saúde.