balanço da Alep apos fim do (pacotaço)
A Assembleia Legislativa vai estar fechada a partir de hoje até quarta-feira, quando reabre a partir das 13h30. Nesse período será realizado pela direção da Casa um levantamento dos estragos provocados pela ocupação dos manifestantes contrários aos projetos do Executivo.
Agarrado
O secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Francischini (SD), que comandou pessoalmente a operação para a entrada dos deputados na Assembleia ontem, acabou não conseguindo abrir a porta do caminhão da tropa de choque onde eles estavam. Foi agarrado por um manifestante antes que pudesse fazê-lo.
Risco iminente
Por muito pouco, os manifestantes que protestavam ontem contra a votação do pacote de corte de gastos do governo Beto Richa (PSDB) não invadiram o prédio administrativo da Assembleia Legislativa, onde fica o restaurante da Casa, no quinto andar do edifício – com consequências imprevisíveis. No momento em que ficou evidente que a polícia – incluindo a tropa de choque – não tinha condições de segurar a multidão, parlamentares observavam do quarto andar o confronto, com bombas de efeito moral e gás pimenta sendo jogadas sobre os manifestantes. Eles então correram de volta ao quinto andar para pedir a imediata suspensão da sessão em que os deputados governistas ainda insistiam em continuar a votação, quando os sons de bombas e o cheiro de gás lacrimogêneo começava a chegar ao local.
Chôro
Alguns parlamentares chegaram a exibir lágrimas, e não era por conta do cheiro de gás lacrimogêneo. Outros choraram, mas de alívio, após o acordo que pôs fim à sessão, e ao risco de invasão. Uma das mais preocupadas era a deputada Cristina Silvestri (PPS), que observava da janela do quarto andar do prédio administrativo da Casa quando as bombas começaram a serem jogadas pela polícia sobre a multidão.
Arrombamento
Como o portão dos fundos da Assembleia estava bloqueado por manifestantes, policiais militares usaram um alicate para romper a cerca lateral da sede do Legislativo, para que os deputados transportados no camburão blindado da tropa de choque pudessem entrar na Casa.
Refúgio
Antes que fosse decidida a realização da sessão novamente no restaurante do prédio administrativo da Assembleia, os deputados da base do governo passaram parte do dia concentrados no “Chapéu Pensador” da Copel – mesmo local onde o governador Beto Richa (PSDB) despachou nos últimos dias, desde a ocupação do Legislativo.
Fora do ar
Coincidência ou não, após o novo confronto no Legislativo, a página da Assembleia na internet saiu do ar ontem no final da tarde, e permanecia assim até o final da noite.
Desconfortável
“Ninguém chegou aqui com a alma tranquila”, comentava na sessão o líder da oposição, Tadeu Veneri (PT). “É evidente que ninguém está confortável. Ainda mais a gente em primeiro mandato”, desabafou o novato Wilmar Reichenbach (PSC).