Jadson o Majestoso o reencontro.
Há um ano, Jadson esperava por essa oportunidade. Trocado por Alexandre Pato e descartado pelo São Paulo em fevereiro de 2014, ele não podia enfrentar o ex-clube no ano passado por causa de uma cláusula em seu contrato. Desde o início da atual temporada pelo Corinthians, ele mostrava ansiedade para, enfim, entrar em campo contra o agora rival. Nesta quarta-feira, foi à forra: assistência, drible, golaço, abraço do chefe e aplausos. Um dia memorável para o camisa 10. Que rendeu até elogios do antigo técnico.
– O Jadson está jogando bem há algum tempo, ano passado ele não jogou muitas vezes. Todas as vezes que o vi jogar, foi bem. Nos dois confrontos contra o Once Caldas ele também foi muito bem, então está num bom momento de novo – disse Muricy Ramalho, hoje adversário.
Jadson nunca sentiu o peso de enfrentar os ex-companheiros. Até os cumprimentou com certo carinho após o posicionamento inicial das duas equipes no centro do campo. Quando o jogo começou, porém, ele se mostrou muito arisco, querendo jogo, brigando por todas as bolas.
Desde o início do clássico na arena, que abriu a fase de grupos da Taça Libertadores, o meia mostrou os motivos de estar tão à vontade no esquema tático proposto por Tite. Pela direita, foi o organizador. Trocou passes com Elias, Renato Augusto, Emerson Sheik… Todos com um entrosamento improvável para quem treina junto há menos de dois meses.
Logo no início, uma tentativa de passe dentro da área originou um quase gol de Fábio Santos. Na segunda chance, um toque na bola gerou lançamento perfeito para Elias, de primeira, fazer 1 a 0.
Por vezes, Jadson teve a chance de matar o jogo. Em contra-ataque puxado por Sheik, o meia se enrolou com Denílson e perdeu a bola quando podia parar quase dentro do gol. É que ele parecia mais motivado para ser o cara das assistências do que das bolas na rede.
No segundo tempo, não teve jeito. Um lançamento, um drible seco que deixou Reinaldo no chão, e um chute mascado que passou por baixo dos braços de Rogério Ceni. Golaço. Seguido de um abraço caloroso de Tite, que deixou o banco de reservas e correu até a linha de fundo para felicitar seu camisa 10.
Depois, Jadson recompôs a marcação pelo setor direito e ajudou Fagner a conter os avanços de Michel Bastos. Mais uma vez, repita-se, com vontade acima do normal. Nada, porém, que tire da boca do meia uma declaração polêmica.
– Todo clássico é especial. Foi o primeiro contra o São Paulo, eu estava motivado. Trabalhamos muito para jogar fortes. Vamos seguir com os pés no chão, porque é só o começo – disse o meia.
Jadson quer mesmo que seja o começo, principalmente depois de um 2014 de altos e baixos entre os dois rivais. Alvo de especulações desde o início do ano, ele quer ficar. Quer se firmar. E ajudar o Corinthians a ganhar sua segunda Taça Libertadores