Acusado da Lava Jato desiste de depoimento de Paulo Bernardo
Acusado da Lava Jato desiste de depoimento de Paulo Bernardo
Ex-ministro das Comunicações deveria ter sido ouvido em 5 de março.
Oficiais de justiça não conseguiram localizá-lo e oitiva foi adiada.
A defesa de Ricardo Pessoa, presidente da empreiteira UTC, preso na Operação Lava Jato, decidiu desistir do depoimento do ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Um documento solicitando a retirada do nome de Bernardo do processo foi feito pelo advogado Alberto Toron, nesta segunda-feira (9), mas ainda não foi analisado pela Justiça Federal.
Bernardo tinha depoimento marcado para o dia 5 de março, na Justiça Federal, em Curitiba. Contudo, ele não foi citado oficialmente, pois os oficiais de justiça não conseguiram localizá-lo nos endereços fornecidos pela defesa de Ricardo Pessoa. A mulher do ex-ministro, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) será investigada pelo MPF no âmbito da Operação Lava Jato.
O pedido não especifica as razões que levaram a defesa a desistir do depoimento de Paulo Bernardo. O advogado Alberto Toron, que representa o executivo, foi procurado pelo G1, mas o celular dele estava indisponível.
Pessoa é acusado de ser o mentor de um “clube” de empreiteiras, que combinavam preços de licitações junto à Petrobras. O executivo está preso desde dezembro, quando houve a deflagração da sétima fase da Operação Lava Jato. Desde então, ele permanece na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.
O pedido de oitiva de Paulo Bernardo foi feito quando os advogados apresentaram a defesa prévia do acusado – trâmite processual que antecede as audiências. No entanto, o juiz Sergio Moro havia pedido mais explicações sobre a convocação, para evitar que as testemunhas fossem arroladas “com propósitos meramente abonatórios” e sem conhecimentos de “fatos relevantes para o julgamento”.
Além de Bernardo, a defesa de Pessoa queria ainda como testemunhas os deputados federais deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), Paulinho da Força (SD-SP), Jutahy Junior (PSDB-BA), Jorge Tadeu Mutalen (DEM-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), além do ministro da Defesa Jacques Wagner.