Taxistas fecham avenida para exigir mais segurança após assassinato de colega
Um grupo de 50 taxistas que trabalha em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, fechou a Av. Getúlio Vargas, no trecho em frente a prefeitura municipal, para pedir por mais segurança. Eles estão revoltados com o assassinato de José Afonso Trindade de Andrade, de 51 anos, em um caso tratado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Andrade foi abordado em frente à prefeitura por um jovem que queria uma corrida. Depois de dez horas desparecido, o corpo dele foi encontrado próximo a uma chácara em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. “Eu vi o meu amigo com um tiro na boca. Um cara do bem e sem inimigos. Não dá para ficar assim”, disse o taxista Emerson Pires, um dos organizadores da manifestação.
O bloqueio na Getúlio Vargas durou duas horas e só terminou depois que os taxistas foram recebidos pela Polícia Militar e pelo prefeito Professor Marquinhos, de Piraquara. “Eles nos prometeram aumentar a vigilância e instalar mais câmeras de segurança. Além disso, o prefeito garantiu que não vai deixar esse caso cair no esquecimento. O autor vai ser preso”, disse Pires.
Por fim, o taxista descreveu que já há um retrato falado do suspeito de matar Trindade. “É um rapaz de 1m-70, pele branca e que usava um boné branco. Um companheiro nosso que o viu entrando no táxi já foi até a delegacia para a elaboração da imagem”, concluiu Pires.
O crime
O taxista José Afonso Trindade de Andrade, foi assassinado na madrugada desta segunda-feira (12) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O trabalhador foi encontrado morto com marcas de disparo de arma de fogo em uma chácara na região do bairro Nemari 5.
De acordo com a família, o taxista estava desaparecido desde a noite de ontem, quando a Rádio Banda B foi procurada para divulgar o sumiço. A Polícia Militar (PM) encontrou o táxi do trabalhador na BR-277, próximo ao cruzamento com a avenida Rui Barbosa, em São José. A família informou que ele teria sido assaltado, já que o carro tinha sido encontrado sem qualquer pertence pessoal.
Horas depois, por volta das 8 horas, moradores de uma chácara encontraram o corpo de um homem com todas as características do taxista.
O genro do taxista contou que ele ligou para a esposa, antes de fazer a última corrida. “Ele avisou que faria a última corrida e iria para casa. Passaram horas e ele não voltou. A polícia ligou dizendo que tinha encontrado o carro dele e a nossa esperança era encontrá-lo vivo, machucado, mas vivo, não desse jeito. Ele não tinha costume de andar com muito dinheiro no bolso, não”, disse o genro da vítima, que fez o reconhecimento do corpo.
A Delegacia de São José dos pinhais, onde o corpo foi localizado, deve investigar o caso.
