Professores decidem pela continuidade da greve e devem ampliar acampamento em frente ao Palácio Iguaçu

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Cerca de 20 mil professores e servidores da rede estadual de ensino decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão, de forma unânime, foi tomada em assembleia que aconteceu na manhã desta quarta-feira (4) no Estádio Durival Britto e Silva. A paralisação dos professores completa hoje 24 dias e a maioria optou pela continuidade da greve pela ausência de propostas concretas por parte do Governo do Estado. Após a assembleia, os professores e servidores farão passeata até o Centro Cívico. As aulas estaduais deveriam ter começado no dia 9 de fevereiro.
A assembleia estava marcada para as 9 horas, no entanto, problemas técnicos dificultaram o início no horário previsto. Ainda, por volta das 10h30, muitos professores ainda chegavam ao estádio para participar da votação.
Antes da votação que pôs fim à greve, a categoria decidiu que sairia em passeata até o Centro Cívico, liderada pela APP-Sindicato, após a assembleia. Os professores querem acompanhar a votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) do projeto de lei que extingue a Comissão Geral, um mecanismo de votação única, sem análise de outras comissões. A justificativa da APP-Sindicato é que a luta da categoria também é contra essas medidas. Após a decisão da passeata, agentes da Secretaria de Trânsito (Setran) foram para o local para acompanhar os professores e orientando o trânsito.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão, destacou que a diretoria ficou reunida por cerca de dez horas antes da assembleia que conduziria o futuro da greve. A APP-Sindicato reiterou sobre a continuidade da greve e os vinte mil servidores aprovaram por unanimidade, sob os gritos:“Eu tô na luta, eu tô na greve”.

A greve foi deflagrada pelos educadores no dia 7 de fevereiro, em assembleia com mais de 10 mil trabalhadores e completa mais de três semanas de paralisação. A categoria exige o pagamento de benefícios atrasados, é contra um pacote de medidas do governo que afeta as carreiras dos educadores, e quer melhor plano de carreira.

A mobilização dos servidores reúne cerca de 100 mil pessoas em todo o estado e deixa 2.100 escolas sem aulas. Ao todo, 950 mil alunos da rede estadual estão sem aulas desde o dia 9 de fevereiro, quando o ano letivo deveria ter iniciado.
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) foi notificado oficialmente na manhã desta segunda-feira (2) sobre a liminar que determina 30% dos professores do terceiro ano do Ensino Médio retornem às atividades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A decisão, porém, não garante o encerramento da greve ou retomada das aulas e a APP promete recorrer da decisão.

 

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